sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Sim! Pratileira estaav só... Palhaça gritona, agitada, ficou pequeniniiinha... Ainda bem, que levei um boneco de fios, Sr. Ran Cá-Olho. Ele mes fez companhia.
Pronto Socorro, ala querida foi tão sossegada. Poucas risadas, muita conversa. "É... preciso ser mais palhaço do que gente" penso assim quase todo o tempo.
UTI Adulto: ala querida, que agora esta muuuuuuuuuuuito grande, foi bão foi bão. Muitas risadas, mas de poucas pessoas. "É... preciso ser palhaça..." o pensamento vem e volta.
Pediatria: Rá!!!! Que surpresa!!! Foi muito bom!!!! Com direito a teatro de boneco, mães fazendo piratas, crianças fazendo tubarões, funcionarios fazendo peixes! Uau! Todos os quartos foram divertidos! Mãããããsss um menio conseguiu arrancar um braço do meu Ran Ca-Olho! =/
Fazer o que!? Pratileira não se controla e descontrola todo mundo!
No final das contas, sinto falata de mais palhaços e sinto falta de uma reciclagem. Sabe?! Problemas de atriz mesmo. Preciso de repetório clownesco.
BOm mas espero em breve resolver este micro-problema.
Bjo da Magra!! hehehehe
segunda-feira, 12 de julho de 2010
sextas passadas...
Passaram-se sextas e o que a memória me permite será escrito.
Antes éramos 12, hoje somos 2.
Em dias que o desânimo e a insegurança afeta a todos é difícil começar bem. Só depois que a máscara esta posta, as coisas começam a fazer sentido.
Encontros em corredores, convites que são sempre adiados.
Desta vez nos pegaram de jeito. Fomos à Psiquiatria. É engraçado perceber como alguns "loucos" são mais conscientes do que muitos "normais". Pulamos feito Pipoca, com a pula-pula, estabelecemos relações normais, num ambiente muito diferente. Senti na pele a distância e o frio. O medo esteve presente em quase todos os momentos. De repente toda nossa lógica, já não era tão ilógica assim. Lá não somos palhaços, somos "normais".
Uma sensação de medo, medo de ser meu futuro. Pareço não estar muito distante daquela realidade. Nesta não consegui deixar "as coisas" do Hospital, no Hospital.
UTI difícil...
A desmotivação foi maior e uma sexta não houve palhaços.
Um encontro com o Diego (Pampa) a saudade do que poderia ter sido aumenta a vontade de mudar, mas também aumenta o desânimo. E lá vamos nós, eu e o desânimo.
Me troco, espero, respiro fundo e vou.
Nesse dia tudo foi silêncio, desde o começo, lágrimas contidas. Vou me jogar e fazer o que dá.
UTI Adulto, legal, foi uma injeção de ânimo... os pacientes dormiam, a equipe escrevia, conversas, brincadeiras. É bom receber sorrisos, quando não se é capaz de oferecê-los.
Corredores longos, abaixo assinado, viro a tiazinha do elevador, e uma grande pediatria pela frente. Boa recepção pela equipe, visitas tranquilas, alguns risos contidos, algumas gargalhadas e uma enxurrada de lágrimas, terapia do abraço e no final um sorriso.
Brinquedoteca, conversas e sorrisos.
Não foi tão difícil, mas não foi bom. Palavras do dia saudade e superação. Um dia a gente aprende a andar sozinha, dói, mas é necessário. Ao final aquelas lágrimas contidas do começo se mantiveram contidas, será que eu cresci?
Saudades
O Tempo é revelador para todos nós que fizemos ou fazem parte deste projeto que é o "Pediatras do Riso". A minha formação de clown se iniciou neste projeto, ao qual grandes momentos e pessoas compartilhei momentos únicos. A formação de um ser mágico que convive com a dor e o amor ao mesmo tempo é algo que nunca poderei apagar nos momentos que estive no H.C. Saudades dos mestres que tive, como o Pampa(Diego) e Walace( Welerson). Saudades da Sendy( Fernandinha), Matéria(Gaby), Tatha(Thábatta), Black(Bárbara), Lina(Carol, Alco-iris(Ana Célia) e de alguém que esteve conosco em um derteminado tempo, a psicóloga Kátia. Momentos únicos na UTI adulto... momentos em que o Pietro Paladini cresceu e amadureceu.
Hoje me deu saudade...
Lembro da cor Branca!!!!
Beijos
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Reflexões
É tudo tão grande, tudo tão forte e errante. Lidar com os extremos de tudo, da dor, da alegria, do medo.
Eu fico pensando que o palhaço realmente é um ser diferente, sublime, porque é tão difícil saber de histórias de violência, de maus tratos, de acidentes. Pra mim é tão difícil pensar em como mudar a vida dessas pessoas e parece ser muita responsabilidade pra um ser humano qualquer.
Que poder é esse que um simples nariz vermelho exerce sobre nós? Que poder ele tem de mudar tudo pelo simples fato de estar ali? e como é difícil lidar com isso em alguns momentos já que a primeira atitude pensável de um ser humano que se preocupa com outro é querer curar todas as feridas, todas as dores, mas nada disso está ao nosso alcance.
Todos deveríamos ser mais palhaços do que humanos.
Depois de muito pensar cheguei a conclusão de que se não fosse um simples nariz vermelho, tudo me seria pior do que parece.
Mas o que eu não entendo é como isso acontece. Que magia é essa que envolve os palhaços?
quarta-feira, 2 de junho de 2010
O Quinteto feminino do HC
Lá chegando souberam que apenas três poderiam adentrar o setor. Dois ou um. Não valeu e quem entrou foi Lolol, Prateleira e Matéria, foram muito bem recebidas pelos Smurfs, trocaram de roupa, (decepção não ficaram iguais aos Smurfs), mas em compensação elas pareceram duendes. Uma paciente não quis a visita delas, então elas cantaram da porta mesmo e desejaram boa noite. No outro quarto qual foi a surpresa, quando de repente elas avistaram a Rainha Dora que queria muito ir para casa e um saco de dinheiro, Lolol até que tentou fazer com que ela tivesse ma viagem astral e se materializasse em sua casa, a Matéria se apressou pediu um saco a Smurfete gritou dinheiro lá pra dentro e entregou fechado a sua nova rainha, não havia muita gente habitando aquele espaço e lá se foram as duendes, voltaram a ser palhaças.
Lolol, Prateleira e Matéria passaram pelo Pronto-Socorro, o caus novamente instaurado naquele lugar. Teve uma senhora que acreditou que a Matéria tinha caido de cara no chão e machucado o nariz, disse pra ela fazer uma plástica já que o tom vermelho do nariz distoa de sua pele branquinha. O "Sr. Luis" de 93 anos abriu um sorriso lindo quando avistou as três e os quatro dançaram Y.M.C.A. e ele ficou sorrindo feliz com a visita. Lolol se foi, depois a Matéria e a Prateleira se perdeu.
Gueta e Alco-Íris aguardavam o restante do quinteto para iniciar os trabalhos na Pediatria. Por lá tudo correu bem. (memória me falta)
Em conversa com as novas psicólogas elas contaram como foi o dia, deram o abraço final e lá se foram...
Dia BOM.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Um dia Diferente
Divertido! Contrariando todas as más vontades.
Chegamos atrasadas ao hospital (bárbara e eu) a Maria já nos esperava. Resolvemos então enfrentar o setor de queimados, saimos do vestiário sem roupa nenhuma, sem maquiagem, sem ânimo de certa forma. Passando pelos corredores sem sermos vistas, adetramos no sub-mundo do corredor desumano. Batemos na porta uma enfeira nos recebeu meio sem vontade e o Dr. Marcelo estava em procedimento.
- Volta daqui meia hora.
- tá. O que faremos agora?
Vamos resolver a questão do psicólogo, não dá pra ficar sem psicólogo.
- Volto já, fui ao protocolo.
- nossa ninguém está querendo falar com a gente.
Depois de alguns minutos de espera, decidimos nos vestir. A Maria ficou pra tentar falar com as psicólogas Bárbara e eu nos trocamos.
E toda a magia de ser palhaço aconteceu, contrariando todas as contradições.
FOI UM DIA FANTÁSTICO.
Estávamos lindas,Matéria e Gueta, viemos de Paris. Saimos saltitantes e cantantes do vestiário, logo de cara nosso público nos esperava ansiosos pelo nosso grande número (piadinha), tinha umas pessoas sentadas em cadeiras tomando um pouco de Sol e um dos acompanhantes disse que a Matéria não sabia fazer nenhum número (como nesse mundo e em todos os outros, nada se cria tudo se copia, lembrei de dois saudosos palhaços que muito me motivaram e continuam a motivar, de um número grandeoso e perigosíssimo já apresentado no corredor da Pediatria por ninguém menos que Walace Wace e Pampa. Pedi uma cadeira e disse que iria realizar um número dificílimo dar um salto triplo carpado dando piruetas sem tirar os pés da cadeira, minha companheira logo entrou no jogo e me ajudou a compor a atmosfera de excitação, quando a gente deu pela gente o número de pessosas tinha dobrado, algumas pessoas apareciam até nas janelas para ver a bagunça toda acontecer, depois de várias contagens e de vendar os meus olhos, lá me fui dar o bendito salto, aplausos se seguiram e ninguém entendeu nada.
- Você tirou os pés da cadeira.
- não Senhor, os quatro pés da cadeira continuam aqui.
Ovacionadas, nos fomos, muito felizes pelos resultados adquiridos.)
Chegando na UTI adulta, deram com a porta na nossa cara e começou uma grande improvisação melodramática.
-Oh! Porque fizeste isso comigo, Oh como sofro! destitosa sou.
E aquele ambiente foi se modificando aos poucos, os enfermeiros riam e o Sr. José que estava na cama, quase caiu de tanta curiosidade, descobrimos então que ele estava de alta.
- Uhuuullll festa!!!! Cadê o bolo, os balões, a música? Vamos fazer.
O que vamos escrever.
Uhuuullll, vai com Deus e Volte sempre. Melhor tirar o volte sempre.
Com vários dedinhos sorridentes entregamos ao Sr. José seu balão de boas idas.
jogamos um pouco mais, ajudamos ele sair de vez e nunca mais voltar.
Fomos para Pediatria, uma mulher queria a alta, a Gueta me chamou, ela não se contentou muito, eu expliquei a ela que a mais alta que tinha ali hoje era eu, ela sorriu e desistiu da alta.
(memória que me falta)
Enfim, um dia diferente dos demais, um dia em que eu não dava nada por ele e foi perfeito!
Aproveito o espaço pra deixar registrado a saudade e a admiração aos palhaços citados acima. Vocês fazem muita falta!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Rá!!!! Voltei para o Bloguinho sem muitas coisas pra dizer:
Pratileira e Materia alones pelo hospital... Liberdade demais, jogos tranquiliiiinhos, um óbito (!!) e um pouco de mau humor habitando a pessoa-atriz-palhaça em Pratileira.
Sabe, esses dois ultimos posts das moças me fizeram pensar na visita ao hospital sozinha. Pensa????!?!? Imagina se hoje eu estivesse sozinha??!?! Porque eu sou costumada a ocupar o espaço, ser grandona, e hoje eu tava tão pequenininha. E tudo parecia mais vazio, sem graça.
Um menino me disse que eu não tinha graça. Eu disse que eu num tinha mesmo, aí ele disse que eu estava ali pra isso: Para TER graça. ¬¬ Aqui pra ele ó. Não gostei. Não tenho que ter graça, tenho?! Pelo menos arranquei umas risadas dele... Mas ele queria o quê????!?!!? Gargalhar??!?! Hã!
Uma mulher sentia muita dor no Pronto Socorro e chorava. Ai fiz carinho nela um tempão, acho que foi bom. Não me comoveu tanto, mas me incomodou o cheiro... Senti o seu bafo da porta. Parece que ainda sinto... Coisas de hospital né?!
Na UTI adulta um óbito, que Pratileira e Materia, zoaram muito... Muito assim: com respeito. Nada de muito chocante eu acho... endurecemos no bom sentido.
E muitos abraços de Feliz dia Das Mães e Sr. luiz Falando bastante.
ÉÉÉ!!! Muitos pacientes melhoraram.
Enfim, dia Bom Vai!!!
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Tive muito medo, quando a gente está mais só, ali...tem uma coisa na gente que quer sair correndo, ir embora e nem olhar pra trás...mas algo te faz respirar fundo e se concentrar no nariz e na coragem necessária. Se assemelha um pouco ao instante antes de pular de um trampolim. Medo, medo, medo, medoooooo. Levei a flauta contralto,antes de me preparar enrolei um pouco pra ver se o Dengo não me salvaria....nada...me vesti, e do lado de fora já comecei a tocar uma melodia romântica, olhando pras janelas de cima...ninguém aparecia. De repente começam a surgir rostos, muito bom....alívio.
A Lolól estava mais calada, e os jogos dela foram mais mudos do que de costume, estava mais sútil, mais augusta também sem ter que ser branca ali. Me senti mais próxima do que ela foi quando nasceu, minhas interações eram menores, mais imagéticas, o olhar era forte.
Muitas pessoas choravam, estive com uma mulher na janela, que chorava fundoo. Eu disse que não podia fazer nada se tinha nascido feia, não foi uma piada muito elegante mas ela mesmo assim sorriu, fiquei ali com ela um pouco e subi...
Na U.T.I pediátrica todos no sono quase, menos um bebezinho. O pai dele também quase chorou me contando do nada o seu histórico médico enquanto acariciava suas bochechas gordinhas com muito amor. Eu estava mais sensível ou as pessoas chegavam mais perto neste dia?
U.T.I adulta, visitei um amigo internado, ele se mechia muito, chorava, estava entubado....eu nem conseguir sustentar o nariz ali, tive que tirar e lidar com a situação de outra forma. Momentos em que o clown se dilui no meu do sentimento da gente.
Pediatria foi tranquila, até que uma criança chorou quando eu tocava flauta e a mãe brigou comigo....saí do quarto piando fino.
Resumindo...foi um dia de preciosos instantes, mas eram justos os mais contidos, que passavam mais desapercebido, só contando com a cumplicidade do clown e de mais alguém...e também foi um dia difícil pelo excesso de sentimentos compartilhados. Valeu...
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O que ficou forte pra mim hoje foi a dureza da vida; a concretude da dor humana e ao mesmo tempo da generosidade, que faz com que as pessoas, mesmo sob as situações mais difíceis, brinquem e sorriam e estejam ainda ali tão abertas pra vida. Hoje o que fica foi isso...porque tem dias assim em que o palhaço doutor se sente um impotente diante da concretude da dor, e mesmo assim....brinca e ri.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Insegurança, medo e preguiça.
Sai do vestiário, munida com minhas bolinhas de sabão (com medo) e quando estava quase virando a esquina avistei o Leandro. Ufa não vai ser hoje que eu vou sozinha.
Enquanto ele se arrumava, fiquei por ali, tomando Sol na "Lage", servindo de cupido pro "Tio que come gente", fazendo serenata.
Eis que surge o Dr. Dengo com duas bolinhas, perguntando se alguém tinha perdido. (risos).
Fomos à UTI Infantil e lá me dei conta de quanto tempo que vou ao Hospital. Como ele cresceu e tá bonito, havia uma enfermeira no quarto e ele se mexia pra olhar quem vinha chegando, com bolinhas fomos entrando de vagar no quarto, bonito foi ver a Tia Tati (como ela mesma se chamou) tentando fazer bolinhas pra ele. Detalhe: ela quase não conseguiu. E então o momento mágico que justifica tudo. Quando ela colocou a bolinha de sabão na mão dele, ele abriu um sorriso lindo e ficou segurando a bolinha.
Alguns pacientes que estavam na Pediatria haviam subido pra UTI, cantamos e fomos embora.
UTI Adulto. Como uma equipe diferente da normal estava calma demais. Havia uma mãe chorando, quando entrei no quarto vi que era uma criança. Como assim uma criança na UTI Adulto? Não ele tem 15 anos. Aguardei o desabafo segurando em sua mão, cantamos uma música dei um beijo e um abraço e me fui. Vi o Sr. Luis pelo vidro e comecei a conversar com uma enfermeira sobre os "casos" dos pacientes. Depois em reunião com o psicólogo o Lenadro/Dengo disse que se sentiu perdido quando eu comecei a conversar sobre o que os pacientes tinham com a enfermeira. Disse a ele que já não sofro por saber o que os pacientes tem (na UTI) e que pra mim até me ajuda a jogar com eles e com a equipe, já que muitas vezes discuto com eles o que é melhor pra cada paciente.
Na saída da UTI lá estava o Tião, sorridente e brincalhão como sempre, perguntando porque já estávamos indo embora.
Na Pediatria nos dividimos. Teve alguns momentos divertidos como dançar Michel Jackson (?) com o paciente, brincar de descobrir desenhos em nuvens, conversar sobre a vida dentro de um quarto, cuidando da filha há 3 meses. Palavras que confortam.
Depois reunião com o Chicão e rua.
Foi um bom dia, apesar dos pesares. Preguiça da Pediatria. Tô precisando de lugares novos.
Ah! Eu sou Matéria.
A observação da observação. Reflexões sobre o trabalho.
Eu me sentindo mal fui só pra observar.
Observei que o Pronto Socorro é um espaço que os pacientes e acompanhantes precisam muito de nós Doutores Palhaços ou só Palhaços, há um jogo muito forte no corredor e esse jogo se estabalece muito pelo diálogo. É até bonito de ver aquele corredor todo cheio de camas, um aglomerado de pacientes, mas quando os Doutores Palhaços ou só Palhaços chegam, tudo muda. Os pacientes logo se levantam, riem, conversam, desabafam.Com os pacientes e acompanhantes é simples, posso dizer que até é fácil.
Com equipe a questão muda uma pouco, tem gente que se abre e assim que vêem os Doutores Palhaços/Palhaços já soltam uma piadinha, um pedido de dança, mas tem aqueles que fingem que nem nos vêem.
Passo a passo o Pronto Socorro vem sendo conquistado, cada vez mais e é muito, muito bonito de ver.
Momento: Pietro/Wesley e Thatha/Thábatta(?) na sala de enfermagem, interagindo com o ambiente.
Momento 2: Prateleira/Alba entra no quarto de senhoras, uma que esta bordando a olha surpresa e diz: Como você esta bonita hoje, minha neta vai casar, estou bordando pra ela.
UTI Adulto. Um lugar que já esta mais do que conquistado. É interessante ver como os médicos e residentes ficam felizes ao ver os Doutores Palhaços/Palhaços, essa relação quase que íntima me intriga e me fascina.
Mais ainda falta um cuidado com os pacientes do local que em algumas vezes estão acordados e conscientes, mas o jogo se fecha de uma maneira tão forte com a equipe do local que eles ficam "de lado".
Momento: Prateleira atendendo o telefone da UTI.
- UTI Boa Tarde.
voz do outro lado -Quem fala?
- Prateleira
E toda a equipe cai na gargalhada.
Momento 2: Prateleira tentando contato com o Sr. Luis, que com olhos rasos d'água se comunica com ela, depois ela desenha pra ele e se despede.
Momento 3: Dra. Paty dizendo que a Thatha(?) esta mais bonita e que sentiu saudade.
Pediatria (A memória me falha). Outro espaço que é cada vez mais conquistado.
Dengo/Leandro e Loloy/Maria Cláudia(?) cantam e fazem bolinhas.
Thatha(?), Pietro e Prateleira cantam e dançam no corredor.
Importante:
Lembrar de equilibrar e dosar a energia, porque começamos com muito e quando chegamos ao último lugar de passagem já estamos um pouco cansados e um pouco do trabalho se perde.
A lógica do palhaço foge da lógica comum e muitas vezes nos esquecemos disso, seja por estarmos cansados ou afobados demais para fazer rir e acredito que nosso propósito não é só fazer rir, mas sim modificar, mesmo que seja com lágrimas ou gritos ou silêncio.
Observar é bom.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
quarta-feira, 31 de março de 2010
"Regra pode ser um conjunto de leis formais de prescrições e proibições, que expõem os principais requisitos quanto à atitude do indivíduo em uma sociedade."
“Regra é uma espécie de norma que determina uma conduta”
Acredito sim na alegria, e na transgressão do palhaço... na liberdade, na paixão, na força do mesmo seja onde for. Mas discordo no tocante as regras, ainda mais no espaço do hospital. Por quê? Regras só aprisionam quando são impostas sem que aja um entendimento da importância das mesmas para o trabalho. Acredito também que exista até bastante flexibilidade nas regras que foram estabelecidas entre nós. Nenhum jogo funciona sem regras, nenhum convívio em sociedade também. A regra organiza, ela nos assegura a possibilidade de expansão e crescimento, dentro delas.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Sobre sexta...
Cantamos e começamos "o trabalho" Pronto-Socorro, UTI'S, Pediatria e umas paradinhas de leve em corredores e enfermarias.
Fomos um trio individual.
Falamos muito, sem grandes questões ou grandes regras. Jogo de palavras e descobertas. Foi um dia atípico, sem pressa e de certa forma prazeroso.
Acredito que o trabalho fluiu, rendeu.
Me questiono onde foi parar a minha vontade, a minha alegria, porque já não rio como antes, nem tenho tantas vontades como antes. "Somos do tamanho que acreditamos ser." Até quando? Até onde colocamos nossas vontades a frente de tudo e de todos, até onde podemos ir se de certa forma alguém nos barra, até onde minha vontade de ser feliz e grande incomoda os demais? Será mesmo que eu sou sempre a errada e a do contra como dizem por ai?
Minha Matéria já não é como antes, ela mudou, cresceu e quer explodir. Ela não cabe em regras, em vontades que não é dela, em questões. Ela quer ser simples, quer ser espelho, quer ser feliz.
Eu me pergunto, onde estamos errando?
Cadê nossa cara, cadê nossas vozes. Porque estamos cansados e vivemos de saudade?
sexta-feira, 26 de março de 2010
Poxa me criei clown para a rua, mas sempre trabalhei no hospital. E acredito nesse trabalho, mas e ai?! Como desenvolve-lo?
sexta-feira, 19 de março de 2010
Dia Da Bagunça 19!!!!
Bão! Hoje posso dizer que foi deveras divertido!! Exceto pelo fato de que o Pampa vai nos deixar =( Aliás vai ser bom pra ele né?! Venha quando puder Pampa! Amamos você, e suas cantadas, e suas piadas bobas e você todinho!!!!!!
(sacaram a adaptação daquele programa: Mundo da Lua? ahahahaha)
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Os atendimentos objetivam satirizar os procedimentos médicos, transformar o ambiente hospitalar, pois esse ambiente é marcado pela forte carga de sofrimento e stress experienciados não somente pelos pacientes e acompanhantes, mas também pela equipe médica. A soma dessa carga negativa diária acaba enfraquecendo e estreitando as relações humanas, fazendo com que a equipe médica aos poucos comece a tratar apenas a doença e não o paciente.
O projeto Pediatras do Riso, também se configura como um projeto de formação continuada, devido a isso é de fundamental importância para seus participantes o contato com outros profissionais da área para trocas de experiências efetuando assim o aprimoramento artístico e profissional.