segunda-feira, 12 de julho de 2010

sextas passadas...

Bem, com o final de semestre fica praticamente impossível ser regular por aqui.
Passaram-se sextas e o que a memória me permite será escrito.

Antes éramos 12, hoje somos 2.
Em dias que o desânimo e a insegurança afeta a todos é difícil começar bem. Só depois que a máscara esta posta, as coisas começam a fazer sentido.

Encontros em corredores, convites que são sempre adiados.
Desta vez nos pegaram de jeito. Fomos à Psiquiatria. É engraçado perceber como alguns "loucos" são mais conscientes do que muitos "normais". Pulamos feito Pipoca, com a pula-pula, estabelecemos relações normais, num ambiente muito diferente. Senti na pele a distância e o frio. O medo esteve presente em quase todos os momentos. De repente toda nossa lógica, já não era tão ilógica assim. Lá não somos palhaços, somos "normais".
Uma sensação de medo, medo de ser meu futuro. Pareço não estar muito distante daquela realidade. Nesta não consegui deixar "as coisas" do Hospital, no Hospital.
UTI difícil...

A desmotivação foi maior e uma sexta não houve palhaços.

Um encontro com o Diego (Pampa) a saudade do que poderia ter sido aumenta a vontade de mudar, mas também aumenta o desânimo. E lá vamos nós, eu e o desânimo.
Me troco, espero, respiro fundo e vou.
Nesse dia tudo foi silêncio, desde o começo, lágrimas contidas. Vou me jogar e fazer o que dá.
UTI Adulto, legal, foi uma injeção de ânimo... os pacientes dormiam, a equipe escrevia, conversas, brincadeiras. É bom receber sorrisos, quando não se é capaz de oferecê-los.
Corredores longos, abaixo assinado, viro a tiazinha do elevador, e uma grande pediatria pela frente. Boa recepção pela equipe, visitas tranquilas, alguns risos contidos, algumas gargalhadas e uma enxurrada de lágrimas, terapia do abraço e no final um sorriso.
Brinquedoteca, conversas e sorrisos.

Não foi tão difícil, mas não foi bom. Palavras do dia saudade e superação. Um dia a gente aprende a andar sozinha, dói, mas é necessário. Ao final aquelas lágrimas contidas do começo se mantiveram contidas, será que eu cresci?

Um comentário:

  1. parabenizo voces pelo trabalho realizado com as crianças internadas no hospital, acredito que elas adoram palhaços, mas sinceramente, eu já estive internada na UFU e confesso que a ultima coisa que queria naquele momento, é um bando de palhaço me fazendo sorrir diante da minha desgraça, quem sabe se voces me dessem um pouco de dignidade da próxima vez, beijos!

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