terça-feira, 1 de junho de 2010

Um dia Diferente



Divertido! Contrariando todas as más vontades.
Chegamos atrasadas ao hospital (bárbara e eu) a Maria já nos esperava. Resolvemos então enfrentar o setor de queimados, saimos do vestiário sem roupa nenhuma, sem maquiagem, sem ânimo de certa forma. Passando pelos corredores sem sermos vistas, adetramos no sub-mundo do corredor desumano. Batemos na porta uma enfeira nos recebeu meio sem vontade e o Dr. Marcelo estava em procedimento.
- Volta daqui meia hora.
- tá. O que faremos agora?
Vamos resolver a questão do psicólogo, não dá pra ficar sem psicólogo.
- Volto já, fui ao protocolo.
- nossa ninguém está querendo falar com a gente.
Depois de alguns minutos de espera, decidimos nos vestir. A Maria ficou pra tentar falar com as psicólogas Bárbara e eu nos trocamos.
E toda a magia de ser palhaço aconteceu, contrariando todas as contradições.

FOI UM DIA FANTÁSTICO.



Estávamos lindas,Matéria e Gueta, viemos de Paris. Saimos saltitantes e cantantes do vestiário, logo de cara nosso público nos esperava ansiosos pelo nosso grande número (piadinha), tinha umas pessoas sentadas em cadeiras tomando um pouco de Sol e um dos acompanhantes disse que a Matéria não sabia fazer nenhum número (como nesse mundo e em todos os outros, nada se cria tudo se copia, lembrei de dois saudosos palhaços que muito me motivaram e continuam a motivar, de um número grandeoso e perigosíssimo já apresentado no corredor da Pediatria por ninguém menos que Walace Wace e Pampa. Pedi uma cadeira e disse que iria realizar um número dificílimo dar um salto triplo carpado dando piruetas sem tirar os pés da cadeira, minha companheira logo entrou no jogo e me ajudou a compor a atmosfera de excitação, quando a gente deu pela gente o número de pessosas tinha dobrado, algumas pessoas apareciam até nas janelas para ver a bagunça toda acontecer, depois de várias contagens e de vendar os meus olhos, lá me fui dar o bendito salto, aplausos se seguiram e ninguém entendeu nada.
- Você tirou os pés da cadeira.
- não Senhor, os quatro pés da cadeira continuam aqui.
Ovacionadas, nos fomos, muito felizes pelos resultados adquiridos.)

Chegando na UTI adulta, deram com a porta na nossa cara e começou uma grande improvisação melodramática.
-Oh! Porque fizeste isso comigo, Oh como sofro! destitosa sou.
E aquele ambiente foi se modificando aos poucos, os enfermeiros riam e o Sr. José que estava na cama, quase caiu de tanta curiosidade, descobrimos então que ele estava de alta.
- Uhuuullll festa!!!! Cadê o bolo, os balões, a música? Vamos fazer.
O que vamos escrever.
Uhuuullll, vai com Deus e Volte sempre. Melhor tirar o volte sempre.
Com vários dedinhos sorridentes entregamos ao Sr. José seu balão de boas idas.
jogamos um pouco mais, ajudamos ele sair de vez e nunca mais voltar.

Fomos para Pediatria, uma mulher queria a alta, a Gueta me chamou, ela não se contentou muito, eu expliquei a ela que a mais alta que tinha ali hoje era eu, ela sorriu e desistiu da alta.
(memória que me falta)
Enfim, um dia diferente dos demais, um dia em que eu não dava nada por ele e foi perfeito!

Aproveito o espaço pra deixar registrado a saudade e a admiração aos palhaços citados acima. Vocês fazem muita falta!

Um comentário:

  1. Caramba! Que lindo! Posso ver o dia na minha cabeça!
    Caramba! Que saudade do Pampa!!!!

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