sexta-feira, 11 de junho de 2010

Reflexões

Depois dos trabalhos de sexta fiquei me perguntando, como nossas visitas ao Hospital podem nos fazer tão bem? Como diante de tantos sofrimentos, de atitudes que nos revoltam, de momentos de tensões. Como nós podemos sair de lá satisfeitos?
É tudo tão grande, tudo tão forte e errante. Lidar com os extremos de tudo, da dor, da alegria, do medo.
Eu fico pensando que o palhaço realmente é um ser diferente, sublime, porque é tão difícil saber de histórias de violência, de maus tratos, de acidentes. Pra mim é tão difícil pensar em como mudar a vida dessas pessoas e parece ser muita responsabilidade pra um ser humano qualquer.
Que poder é esse que um simples nariz vermelho exerce sobre nós? Que poder ele tem de mudar tudo pelo simples fato de estar ali? e como é difícil lidar com isso em alguns momentos já que a primeira atitude pensável de um ser humano que se preocupa com outro é querer curar todas as feridas, todas as dores, mas nada disso está ao nosso alcance.
Todos deveríamos ser mais palhaços do que humanos.
Depois de muito pensar cheguei a conclusão de que se não fosse um simples nariz vermelho, tudo me seria pior do que parece.
Mas o que eu não entendo é como isso acontece. Que magia é essa que envolve os palhaços?

Um comentário:

  1. Sabe que talvez essa distância que a gente cria do que é socialmente e racionalmente cronstruído da maneira de lidar com "sofrimento" ou dor... Entende? Criamos uma alternativa ao modo de encarar situações. Acho que ser palhaço é ser feliz de estar vivo! É sentir o que se tem pra sentir, e não ter sofrimento em mudar de sentimento, por que estar vivo, poder tocar, cantar se emocinar é muito mais gostoso do que chorar mágoas e se descabelar em pensamentos!

    ResponderExcluir